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1.
Pesqui. vet. bras ; 42: e06937, 2022. tab, ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1487682

ABSTRACT

Monensin is an ionophore antibiotic (IA) widely used for growth promotion and weight gain in the production of ruminants. However, it has caused intoxication in several species, including buffaloes, mainly because of the ignorance or disrespect of the recommendations for use in each animal species. The objective of this study was to describe, for the first time, clinical-epidemiological and anatomopathological data of an outbreak of accidental poisoning by monensin in buffalos and rediscuss the recommendation of the use of IA in the production of this species. The outbreak affected 21 adult buffaloes after consumption of remains from a feed formulated on the farm and whose constituents were mixed by hand. Clinical and first death signs were observed 24 hours after ingestion of this food. In general, the clinical picture was characterized by muscle weakness, tremors, difficulty in locomotion, and decubitus. Fifteen buffaloes presented clinical signs of poisoning (71.5% morbidity), followed by death (100% lethality), after acute to subacute evolution (<24h to 96h). Laboratory tests indicated elevated serum activity of creatine phosphokinase and aspartate aminotransferase enzymes. Three buffaloes underwent necropsy, and samples from several organs were collected for histopathological examination. The main injuries found were hyaline degeneration and multifocal segmental necrosis in the skeletal and cardiac striated muscles (myopathy and degenerative-necrotic multifocal multifocal-necrotic cardiopathy). The diagnosis was confirmed by the toxicological evaluation of suspected ration remains, which detected 461.67mg/kg of monensin. The death of 71.5% buffaloes in this lot occurred due to a succession of errors, which included faults in the formulation of the ration and, above all, due to the use of monensin in a highly sensitive species. Despite the possible beneficial effects of IA use as a dietary supplement for buffaloes, we are of the opinion that IAs should never be used in bubalinoculture since any increment in production does not compensate for the imminent risk of death due to a small safety margin for this species and the absence of antidotes.


Monensina é um antibiótico ionóforo (AI) amplamente empregado na produção de ruminantes para promoção de crescimento e ganho de peso, mas que tem causado intoxicação em diversas espécies, incluindo os búfalos, principalmente, pelo desconhecimento ou desrespeito das recomendações de uso e às particularidades de cada espécie animal. Objetivou-se descrever, pela primeira vez na Bahia, dados clínico-epidemiológicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação acidental por monensina em búfalos e rediscutir a recomendação do uso de AI na produção de bubalinos. O surto acometeu um lote de 21 búfalos adultos após consumo de sobras de uma ração para bovinos formulada na fazenda e cujos constituintes eram misturados à mão. Os sinais clínicos e primeiros óbitos foram observados 24 horas após a ingestão dessa ração. O quadro clínico, em geral, se caracterizou por fraqueza muscular, tremores, dificuldade de locomoção e decúbito. Quinze búfalos apresentaram sinais clínicos de intoxicação (morbidade 71,5%), seguido de morte (letalidade 100%), após evolução aguda a subaguda (<24h até 96h). Exames laboratoriais indicaram acentuada elevação na atividade sérica das enzimas CPK e AST. Três búfalos foram necropsiados, sendo coletadas amostras de diversos órgãos para exame histopatológico. A principal lesão encontrada foi degeneração hialina e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos e cardíacos (miopatia e cardiopatia degenerativo-necrótica tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico foi confirmado pela avaliação toxicológica das sobras da ração suspeita, que detectou 461,67mg/kg de monensina. A morte de 71,5% dos búfalos deste lote ocorreu devido a uma sucessão de erros, que incluíram falhas na formulação da ração e, sobretudo, devido ao uso da monensina em uma espécie altamente sensível. Enfatizamos que, apesar dos possíveis efeitos benéficos do uso AIs como suplemento dietético para bubalinos, somos da opinião que os AIs nunca devem ser empregados na bubalinocultura, uma vez que os eventuais incrementos na produção não compensam o risco iminente de morte, devido a pequena margem de segurança para essa espécie e a inexistência de antídotos.


Subject(s)
Animals , Buffaloes , Myotoxicity/diagnosis , Myotoxicity/pathology , Monensin/poisoning , Iatrogenic Disease/veterinary , Fatal Outcome , Myotoxicity/veterinary , Animal Feed/poisoning
2.
Article in English | LILACS-Express | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1487691

ABSTRACT

ABSTRACT: Monensin is an ionophore antibiotic (IA) widely used for growth promotion and weight gain in the production of ruminants. However, it has caused intoxication in several species, including buffaloes, mainly because of the ignorance or disrespect of the recommendations for use in each animal species. The objective of this study was to describe, for the first time, clinical-epidemiological and anatomopathological data of an outbreak of accidental poisoning by monensin in buffalos and rediscuss the recommendation of the use of IA in the production of this species. The outbreak affected 21 adult buffaloes after consumption of remains from a feed formulated on the farm and whose constituents were mixed by hand. Clinical and first death signs were observed 24 hours after ingestion of this food. In general, the clinical picture was characterized by muscle weakness, tremors, difficulty in locomotion, and decubitus. Fifteen buffaloes presented clinical signs of poisoning (71.5% morbidity), followed by death (100% lethality), after acute to subacute evolution ( 24h to 96h). Laboratory tests indicated elevated serum activity of creatine phosphokinase and aspartate aminotransferase enzymes. Three buffaloes underwent necropsy, and samples from several organs were collected for histopathological examination. The main injuries found were hyaline degeneration and multifocal segmental necrosis in the skeletal and cardiac striated muscles (myopathy and degenerative-necrotic multifocal multifocal-necrotic cardiopathy). The diagnosis was confirmed by the toxicological evaluation of suspected ration remains, which detected 461.67mg/kg of monensin. The death of 71.5% buffaloes in this lot occurred due to a succession of errors, which included faults in the formulation of the ration and, above all, due to the use of monensin in a highly sensitive species. Despite the possible beneficial effects of IA use as a dietary supplement for buffaloes, we are of the opinion that IAs should never be used in bubalinoculture since any increment in production does not compensate for the imminent risk of death due to a small safety margin for this species and the absence of antidotes.


RESUMO: Monensina é um antibiótico ionóforo (AI) amplamente empregado na produção de ruminantes para promoção de crescimento e ganho de peso, mas que tem causado intoxicação em diversas espécies, incluindo os búfalos, principalmente, pelo desconhecimento ou desrespeito das recomendações de uso e às particularidades de cada espécie animal. Objetivou-se descrever, pela primeira vez na Bahia, dados clínico-epidemiológicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação acidental por monensina em búfalos e rediscutir a recomendação do uso de AI na produção de bubalinos. O surto acometeu um lote de 21 búfalos adultos após consumo de sobras de uma ração para bovinos formulada na fazenda e cujos constituintes eram misturados à mão. Os sinais clínicos e primeiros óbitos foram observados 24 horas após a ingestão dessa ração. O quadro clínico, em geral, se caracterizou por fraqueza muscular, tremores, dificuldade de locomoção e decúbito. Quinze búfalos apresentaram sinais clínicos de intoxicação (morbidade 71,5%), seguido de morte (letalidade 100%), após evolução aguda a subaguda ( 24h até 96h). Exames laboratoriais indicaram acentuada elevação na atividade sérica das enzimas CPK e AST. Três búfalos foram necropsiados, sendo coletadas amostras de diversos órgãos para exame histopatológico. A principal lesão encontrada foi degeneração hialina e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos e cardíacos (miopatia e cardiopatia degenerativo-necrótica tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico foi confirmado pela avaliação toxicológica das sobras da ração suspeita, que detectou 461,67mg/kg de monensina. A morte de 71,5% dos búfalos deste lote ocorreu devido a uma sucessão de erros, que incluíram falhas na formulação da ração e, sobretudo, devido ao uso da monensina em uma espécie altamente sensível. Enfatizamos que, apesar dos possíveis efeitos benéficos do uso AIs como suplemento dietético para bubalinos, somos da opinião que os AIs nunca devem ser empregados na bubalinocultura, uma vez que os eventuais incrementos na produção não compensam o risco iminente de morte, devido a pequena margem de segurança para essa espécie e a inexistência de antídotos.

3.
Pesqui. vet. bras ; 42: e06937, 2022. tab, ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1356550

ABSTRACT

Monensin is an ionophore antibiotic (IA) widely used for growth promotion and weight gain in the production of ruminants. However, it has caused intoxication in several species, including buffaloes, mainly because of the ignorance or disrespect of the recommendations for use in each animal species. The objective of this study was to describe, for the first time, clinical-epidemiological and anatomopathological data of an outbreak of accidental poisoning by monensin in buffalos and rediscuss the recommendation of the use of IA in the production of this species. The outbreak affected 21 adult buffaloes after consumption of remains from a feed formulated on the farm and whose constituents were mixed by hand. Clinical and first death signs were observed 24 hours after ingestion of this food. In general, the clinical picture was characterized by muscle weakness, tremors, difficulty in locomotion, and decubitus. Fifteen buffaloes presented clinical signs of poisoning (71.5% morbidity), followed by death (100% lethality), after acute to subacute evolution (<24h to 96h). Laboratory tests indicated elevated serum activity of creatine phosphokinase and aspartate aminotransferase enzymes. Three buffaloes underwent necropsy, and samples from several organs were collected for histopathological examination. The main injuries found were hyaline degeneration and multifocal segmental necrosis in the skeletal and cardiac striated muscles (myopathy and degenerative-necrotic multifocal multifocal-necrotic cardiopathy). The diagnosis was confirmed by the toxicological evaluation of suspected ration remains, which detected 461.67mg/kg of monensin. The death of 71.5% buffaloes in this lot occurred due to a succession of errors, which included faults in the formulation of the ration and, above all, due to the use of monensin in a highly sensitive species. Despite the possible beneficial effects of IA use as a dietary supplement for buffaloes, we are of the opinion that IAs should never be used in bubalinoculture since any increment in production does not compensate for the imminent risk of death due to a small safety margin for this species and the absence of antidotes.(AU)


Monensina é um antibiótico ionóforo (AI) amplamente empregado na produção de ruminantes para promoção de crescimento e ganho de peso, mas que tem causado intoxicação em diversas espécies, incluindo os búfalos, principalmente, pelo desconhecimento ou desrespeito das recomendações de uso e às particularidades de cada espécie animal. Objetivou-se descrever, pela primeira vez na Bahia, dados clínico-epidemiológicos e anatomopatológicos de um surto de intoxicação acidental por monensina em búfalos e rediscutir a recomendação do uso de AI na produção de bubalinos. O surto acometeu um lote de 21 búfalos adultos após consumo de sobras de uma ração para bovinos formulada na fazenda e cujos constituintes eram misturados à mão. Os sinais clínicos e primeiros óbitos foram observados 24 horas após a ingestão dessa ração. O quadro clínico, em geral, se caracterizou por fraqueza muscular, tremores, dificuldade de locomoção e decúbito. Quinze búfalos apresentaram sinais clínicos de intoxicação (morbidade 71,5%), seguido de morte (letalidade 100%), após evolução aguda a subaguda (<24h até 96h). Exames laboratoriais indicaram acentuada elevação na atividade sérica das enzimas CPK e AST. Três búfalos foram necropsiados, sendo coletadas amostras de diversos órgãos para exame histopatológico. A principal lesão encontrada foi degeneração hialina e necrose segmentar multifocal nos músculos estriados esqueléticos e cardíacos (miopatia e cardiopatia degenerativo-necrótica tóxica multifocal polifásica). O diagnóstico foi confirmado pela avaliação toxicológica das sobras da ração suspeita, que detectou 461,67mg/kg de monensina. A morte de 71,5% dos búfalos deste lote ocorreu devido a uma sucessão de erros, que incluíram falhas na formulação da ração e, sobretudo, devido ao uso da monensina em uma espécie altamente sensível. Enfatizamos que, apesar dos possíveis efeitos benéficos do uso AIs como suplemento dietético para bubalinos, somos da opinião que os AIs nunca devem ser empregados na bubalinocultura, uma vez que os eventuais incrementos na produção não compensam o risco iminente de morte, devido a pequena margem de segurança para essa espécie e a inexistência de antídotos.(AU)


Subject(s)
Animals , Buffaloes , Monensin/poisoning , Myotoxicity/diagnosis , Myotoxicity/pathology , Fatal Outcome , Myotoxicity/veterinary , Iatrogenic Disease/veterinary , Animal Feed/poisoning
4.
Pesqui. vet. bras ; 40(10): 750-757, Oct. 2020. tab, ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1143407

ABSTRACT

Determining if reproductive failures in ewes at the semiarid region in the state of Bahia are related to the consumption of the species Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis, and this study was developed using pregnant ewes divided into six groups: G1, G2, G3, G4 with six animals each, G5 and G6 with ten animals. Each group received fence leaves in the proportion of 1%, 2%, 0.5%, and 0.25% of live weight (LW) respectively; G5 and G6, with ten animals each, receiving 0.25% and 0.5% of the LW, respectively, and the Control Group, comprising 16 ewes, were grass feeding (Cynodon dactylon). Ewes from G1 to G4 were the same, except for two, and started ingestion of the plant four days after ending of natural mating on the 80th day of gestation, while those regarding from G5 to G6 groups started ingestion on the 26th day of gestation ending on the 98 day. The ultrasonographic test was performed weekly. In G1 ewes (1%), there was an embryonic loss on the 32nd and 39th days of gestation and abortion on the 46th day. In G2 (2%), the embryo loss was earlier (on the 26th day of gestation), and abortion on the 46th day of gestation. In G3 group (0.5%), there was an embryonic loss around the 40th day of gestation. In G4 group (0.25%), it was observed the occurrence of one death lamb with bone malformations. In G6 (0.5%), abortion occurred later (108 days), followed by retained placenta. This was also verified in G5 group (0.25%). The presence of fetal malformation was found in death lambs born in G4 group, born alive from G5 and G6 groups, and one aborted from G6. In G5 and G6 groups, there were also genetic alterations on surviving lambs. In addition to these results, recurrent estrus was observed without gestation in G1, G2, G3, and G4 ewes. From the Control Group, 13 normal lambs were born without genetic alterations; furthermore, concerning a quadruple birth, three lambs were born dead. The results infer that species of C. pyramidale in low doses causes reproductive losses in pregnant ewes, therefore it is not recommended for sheep diet over the first 60 days of gestation.(AU)


Para determinar se falhas reprodutivas em ovelhas na região semiárida da Bahia estão relacionadas ao consumo de Cenostigma pyramidale (Tul.) Gagnon & G.P. Lewis, foi realizado um estudo utilizando-se ovelhas prenhes divididas em seis grupos e dois Grupos Controle. Os grupos G1, G2, G3 e G4 com seis animais cada. Cada grupo recebeu folhas fenadas na proporção de 1%, 2%, 0,5% e 0,25% do peso vivo (PV) respectivamente; G5 e G6, com 10 animais cada, que receberam 0,25% e 0,5% do PV respectivamente. Os Grupos Controle foram alimentados com ração e capim (Cynodon dactylon). Ovelhas dos grupos 1 a 4 iniciaram ingestão da planta quatro dias após monta natural com término aos 80 dias de gestação, enquanto as dos grupos 5 a 6 iniciaram ingestão no 26º dia de gestação com término aos 98 dias. Avaliação ultrassonográfica foi realizada semanalmente. Nos animais do G1 (1%), verificou-se perda embrionária aos 32 e 39 dias de gestação, e aborto aos 46 dias. Nos do G2 (2%) a perda embrionária foi mais precoce (26 dias), e aborto aos 46 dias. No G3 (0,5%), houve perda embrionária em torno dos 40 dias. No G4 (0,25%), verificou-se ocorrência de natimorto com malformações aos 150 dias de gestação. No G6 (0,5%) o aborto ocorreu mais tardiamente (108 dias), seguido de retenção de placenta. Essa ocorrência também foi verificada no G5 (0,25%). A presença de malformação fetal foi encontrada em fetos natimorto do G4, nascidos vivos do G5 e G6, e um abortado do G6. No G5 e G6 também foram observadas alterações de aprumos em cordeiros sobreviventes. Do Grupo Controle nasceram 13 borregos normais, porém uma ovelha apresentou gestação quádrupla com três natimortos. Os resultados inferem que C. pyramidale fenada em baixas doses causa perdas reprodutivas em ovelhas gestantes, não sendo por isso recomendada para a dieta de ovelhas durante os primeiros 60 dias de gestação.(AU)


Subject(s)
Animals , Female , Pregnancy , Plant Poisoning/veterinary , Teratogens , Abortion, Veterinary/etiology , Sheep, Domestic/abnormalities , Embryo Loss/etiology , Fabaceae/poisoning
5.
Pesqui. vet. bras ; 40(7): 501-513, July 2020. tab, ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-1135655

ABSTRACT

Poisoning by Prosopis juliflora (mesquite) leads to neurological signs, cachexia and death, mainly in cattle and goats. Although the uncontrolled spread of mesquite in the Caatinga biome (biological invasion), which alters the epidemiological conditions of intoxication by this plant, has been proved for approximately 20 years, strategies for its control and prophylaxis still remain out of date. These new epidemiological conditions have allowed the uncontrolled consumption of large amounts of in natura mesquite pods by ruminants for long periods in invaded pastures, thus resulting in increased history of poisoning. This study aimed to describe the new epidemiological aspects of P. juliflora poisoning in cattle and goats, 78 years after the introduction of this plant in the country, with emphasis on its degree of invasion, and to update the control and prophylaxis measures of this intoxication and the mapping of areas of outbreak occurrence in the semiarid region of the state of Bahia, Brazil. Seven outbreaks of natural mesquite poisoning, two in goats (OB 1 and OB 2) and five in cattle (OB 3, OB 4, OB 5, OB 6, and OB 7), were studied in loco in the municipalities of Juazeiro, Iaçu, Tucano, Santa Teresinha, Barra do Mendes, Barra and Tabocas do Brejo Velho. In the studied outbreaks, clinical-epidemiological (OB 1 to OB 7) and histopathological (OB 1, OB 2, OB 3, and OB 5) findings were compatible with mesquite poisoning, and this was the first anatomopathological proof of poisoning by this plant in this state. In addition, in the state of Bahia, disease occurs in an area approximately three times larger than previously known. On the farms investigated, mesquite introduction occurred between 1980 and 2005, through the single planting of an average of 33 seedlings. Since then, propagation of this plant has occurred progressively, with gradual invasion of native pastures, which enabled the evaluation of plant spread (biological invasion) on these farms 15 (OB 2), 25 (OB 7), 30 (OB 5 and OB 6), 35 (OB 3) and 40 (OB 1 and OB 4) years after its introduction. Historical information on the introduction and spread of mesquite in the state of Bahia had never been analyzed. In 2020, a degree of mesquite invasion an average 59.57% was verified in the pastures of the seven farms where the outbreaks occurred. The great biological invasion capacity of this plant drew attention, especially in OB 5. The high degree of mesquite invasion observed (new epidemiological conditions) justifies the increased number of cases of poisoning observed in this study. Processing of P. juliflora pods (grinding) was not carried out on any farm (OB 1 to OB 7), and ruminants uncontrollably consumed large amounts of pods in natura for long periods in invaded pastures, which allowed massive dispersal of seeds through feces over decades. The main factors responsible for the gradual invasion of pastures by mesquite over time were absence of crop management plans (silvicultural treatments) and lack of knowledge by producers on disease etiology. Given the new epidemiological conditions, restriction of animal access to in natura pods in pastures and supply of mesquite bran are crucial for the control and prophylaxis of this poisoning, as consumption of in natura pods had a strong correlation with the high degree of invasion in the pastures where the seven outbreaks occurred. Additionally, although the commercialization of pods and exploitation of wood of mesquite trees can provide livestock farmers with extra income - being the correct management for areas invaded by this plant, such practice is either not yet known or not carried out technically or satisfactorily by farmers. In addition to being a threat to the Caatinga's biodiversity, the increasing invasion of semiarid areas by mesquite 78 years after its introduction in the Northeast region of Brazil, is a risk for herds, since the occurrence of poisoning outbreaks may become more frequent. Therefore, it is highly advisable that effective measures be adopted to control P. juliflora propagation.(AU)


A intoxicação por Prosopis juliflora (algaroba) cursa com sinais neurológicos, caquexia e morte, principalmente em bovinos e caprinos. Embora a disseminação descontrolada da algaroba na Caatinga (invasão biológica) tenha sido comprovada há cerca de 20 anos, o que altera as condições epidemiológicas dessa intoxicação, as estratégias de controle e profilaxia permanecem desatualizadas. Essas novas condições epidemiológicas permitem o consumo descontrolado de grande quantidade de vagens in natura de algaroba, por longos períodos, nas pastagens invadidas, o que tem resultado em aumento dos históricos de intoxicação. Objetivou-se com esse estudo descrever os novos aspectos epidemiológicos da intoxicação por P. juliflora em bovinos e caprinos, 78 anos após a introdução da planta no país, com ênfase no grau de invasão da planta, bem como atualizar as medidas de controle e profilaxia dessa intoxicação e das áreas de ocorrência dos surtos no semiárido baiano. Foram estudados in loco sete surtos (S1 a S7) de intoxicação natural por algaroba, sendo dois em caprinos (S1 e S2) e cinco em bovinos (S3, S4, S5, S6 e S7) no semiárido baiano (Juazeiro, Iaçu, Tucano, Santa Teresinha, Barra do Mendes, Barra e Tabocas do Brejo Velho). Nos surtos estudados, os achados clínico-epidemiológicos (S1 a S7) e histopatológicos (S1, S2, S3 e S5) foram compatíveis com intoxicação por algaroba, sendo essa intoxicação comprovada, pela primeira vez, com exames anatomopatológicos na Bahia. Ademais, na Bahia a doença ocorre em uma área cerca de três vezes maior do que a, até então, conhecida. Nas fazendas estudadas a introdução da algaroba ocorreu entre 1980 e 2005, através do plantio único de, em média, 33 mudas. Desde então, a disseminação da planta ocorreu de forma progressiva, invadindo gradativamente as pastagens nativas, o que permitiu avaliar a disseminação da planta (invasão biológica) nessas fazendas cerca de 15 (S2), 25 (S7), 30 (S5 e S6), 35 (S3) e 40 (S1 e S4) anos, após sua introdução. Informações históricas acerca da introdução da algaroba e sua disseminação na Bahia nunca haviam sido estudadas. Em 2020, verificou-se que nas pastagens das sete fazendas onde os surtos ocorreram, o grau de invasão por algaroba alcançou, em média, 59,57%. Chamou a atenção a grande capacidade de invasão biológica da planta, sobretudo, no S5. O alto grau de invasão da algaroba observado (novas condições epidemiológicas) justificou o aumento dos casos de intoxicação verificados nesse estudo. O beneficiamento das vagens (moagem) não era realizado em nenhuma fazenda (S1 a S7) e os ruminantes consumiam de forma descontrolada (livre) grande quantidade de vagens in natura, por longos períodos, nas pastagens invadidas, o que possibilitou a dispersão massiva das sementes da planta pelas fezes ao longo das décadas. O que aliado à inexistência de um plano de manejo do cultivo (tratamentos silviculturais) e ao desconhecimento da etiologia da doença pelos produtores foram os principais fatores responsáveis pela invasão gradativa da planta nas pastagens, ao longo dos anos, o que justifica o aumento dos casos de intoxicação observados na Bahia. Frente às novas condições epidemiológicas, a restrição do acesso dos animais as vagens in natura nas pastagens e o fornecimento do farelo de algaroba são cruciais para o controle e profilaxia dessa intoxicação, pois o consumo das vagens in natura teve forte correlação com o alto grau de invasão das pastagens onde os sete surtos ocorreram. Adicionalmente, embora a comercialização das vagens e a exploração da madeira da algaroba possam proporcionar renda extra aos pecuaristas e serem boas formas de manejo de áreas invadidas por algaroba, tais práticas ainda não são conhecidas ou não são realizadas de forma técnica ou a contento. A crescente invasão da algaroba no semiárido, 78 anos após a sua introdução no Nordeste, além de ser uma ameaça à biodiversidade da Caatinga é um risco para os rebanhos, visto que, a ocorrência de surtos de intoxicação podem se tornar mais frequentes. Desta maneira alerta-se para adoção de medidas efetivas de controle da propagação descontrolada da algaroba.(AU)


Subject(s)
Plant Poisoning/etiology , Plant Poisoning/epidemiology , Prosopis/poisoning , Plants, Toxic/poisoning , Ruminants , Cattle Diseases/etiology
6.
Pesqui. vet. bras ; 40(5): 340-345, May 2020. ilus
Article in English | VETINDEX, LILACS | ID: biblio-1135633

ABSTRACT

The epidemiological, clinical and pathological aspects of cutaneous pythiosis occurring in cattle from three farms in the Northeastern of Brazil are described. A biopsy of the lesions of one bovine from each farm was performed. In two cases, the affected cattle had contact with water accumulated in dams during the dry season in the semiarid region. Another case occurred in the coastal tropical region in cattle grazing around irrigation channels. Clinically, lesions were observed mainly on the skin of the thoracic and/or pelvic limbs, characterized by flat and irregular ulcerated areas or nodules of varying sizes, some with fistulous tracts penetrating deep into the subcutaneous tissue. In one case the regional lymph nodes were affected. Histologically, in all cases, pyogranulomatous dermatitis associated with negative hyphae images, in hematoxylin-eosin stained sections, were observed. In sections stained by Grocott methenamine silver, the hyphae measured 2-8μm and had irregular ramifications and rare septations. Immunohistochemistry technique demonstrated strong immunolabeling for Pythium insidiosum. Pythiosis should be included in the differential diagnosis of dermatopathies in cattle in the Northeastern of Brazil.(AU)


Descrevem-se os aspectos epidemiológicos, clínicos e patológicos da pitiose cutânea em bovinos de três propriedades do Nordeste do Brasil. Uma biópsia das lesões de um bovino de cada propriedade foi realizada. Em dois casos, os bovinos afetados tiveram acesso à água acumulada em açudes durante a estação seca da região semiárida. O outro bovino acometido estava a pastoreio próximo a canais de irrigação na região litorânea. Clinicamente, as lesões foram observadas principalmente na pele dos membros torácicos e/ou pélvicos e caracterizavam-se por áreas planas e irregulares de ulceração ou nódulos de tamanhos variados, alguns com trajetos fistulosos penetrando profundamente no tecido subcutâneo. Em um caso, os linfonodos regionais foram afetados. Histologicamente, em todos os casos, observou-se dermatite piogranulomatosa associada a imagens negativas de hifas, em secções corados por hematoxilina e eosina. Em seções coradas por metenamina de prata de Grocott, as hifas mediam 2-8μm e possuíam ramificações irregulares com raras septações. A imuno-histoquímica demonstrou forte imunomarcação para Pythium insidiosum. A pitiose deve ser incluída como diagnóstico diferencial de dermatopatias de bovinos no Nordeste do Brasil.(AU)


Subject(s)
Animals , Cattle , Cattle Diseases/epidemiology , Dermatitis/veterinary , Pythiosis/diagnosis , Pythiosis/pathology , Pythiosis/epidemiology , Pythium
7.
Pesqui. vet. bras ; 38(10): 1902-1908, out. 2018. tab, graf, ilus
Article in Portuguese | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-976389

ABSTRACT

O presente estudo objetivou determinar a prevalência e distribuição de lesões abscedativas, identificação do agente etiológico e avaliação das lesões histológicas em caprinos e ovinos abatidos em um matadouro-frigorífico com Serviço de Inspeção Federal do estado da Bahia. Foram coletadas 153 amostras de vísceras e linfonodos com abscessos de 1.148 animais abatidos. A maior prevalência na espécie ovina foi em macho, com faixa etária de 12 meses, sendo os principais órgãos acometidos fígado (21,2%) e linfonodo pré-escapular (20,3%). Na espécie caprina, a prevalência maior foi em macho, com faixa etária de 30 meses, sendo os linfonodos retro faríngeo (25%) e pré-escapular os mais acometidos (25%). Isolou-se os seguintes micro-organismos das amostras: Corynebacterium pseudotuberculosis em 33,33%, Escherichia coli (19,61%), Proteus mirabilis (9,80%), Pseudomonas aeruginosa (7,19%), Trueperella pyogenes (5,22%), Streptococcusspp. (5,22%) e Staphylococcus aureus (4,57%). As lesões macroscópicas e histológicas dos abscessos coletados não apresentaram diferenças entre micro-organismos isolados.(AU)


The study aimed to determine the prevalence and distribution of abscessed lesions, etiologic agent identification and assessment of histological lesions in sheep and goats slaughtered in a slaughter plant refrigerator with Federal Inspection Service in the State of Bahia. The amount of 153 samples of viscera and lymph nodes with abscesses of 1.148 slaughtered animals were collected. The highest prevalence in sheep was in males, aged 12 months, as in liver (21.2%) and prescapular lymph nodes (20.3%) the main affected organs. The prevalence in goats in male, aged 30 months and in retropharyngeal (25%) and prescapular lymph nodes (25%). The following microorganisms were isolated from the samples: Corynebacterium pseudotuberculosis 33.33%, Escherichia coli 19.61%, Proteus mirabilis 9.80%, Pseudomonas aeruginosa 7.19%, Trueperella pyogenes 5.22%, Streptococcus spp. 5.22% and Staphylococcus aureus 4.57%. The macroscopic and histological lesions of abscesses collected presented no difference between isolated microorganisms.(AU)


Subject(s)
Animals , Ruminants/injuries , Corynebacterium pseudotuberculosis , Corynebacterium Infections/veterinary , Abscess/pathology , Abscess/veterinary , Abscess/epidemiology , Liver/microbiology , Liver Abscess/veterinary , Lymph Nodes/microbiology , Proteus mirabilis , Pseudomonas aeruginosa , Streptococcus , Escherichia coli
8.
Pesqui. vet. bras ; 37(12): 1437-1442, dez. 2017. tab, ilus
Article in Portuguese | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895401

ABSTRACT

O objetivo do presente trabalho é descrever os principais aspectos epidemiológicos, clínico-patológicos e radiológicos de malformações em pequenos ruminantes no semiárido do estado da Bahia. Foram realizadas visitas técnicas em 41 propriedades rurais no município de Uauá, Bahia, e em cada uma delas foi aplicado um questionário epidemiológico. Adicionalmente, quando se observavam casos de malformações, os animais eram avaliados vivos ou mortos. Foram necropsiados oito animais (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8), e dois (7 e 8) foram submetidos a exame radiográfico. Sobre a alimentação do rebanho, 40 (97,56%) produtores rurais relataram o livre acesso de seus animais à vegetação nativa. Em relação à presença de Mimosa tenuiflora, 5 (12,2%) informaram que os animais tinham acesso à planta, 15 (36,6 %) disseram que tinham pouco contato, enquanto que 21 (51,2 %) relataram que não havia nenhum contato com a planta, pois essa espécie não estava presente em número relevante na região. Vinte e cinco dos 41 proprietários (60,98%) relataram o consumo de Poincianella pyramidalis. Foi constatado ainda que na maioria das propriedades havia muitas áreas invadidas por P. pyramidalis (80-90% da vegetação). As principais anormalidades relatadas pelos entrevistados em 36 propriedades foram artrogripose (87,80%), agnatia [22 (53,66%)], desvio lateral da mandíbula [11 (26,82%)], escoliose [6 (14,63%)], micrognatia [6 (14,63%)], fenda palatina [4 (9,75%)], crânio aumentado de tamanho [4 (9,75%)], microftalmia [2 (4,88%)], braquignatismo [1 (2,43%)], exoftalmia [1 (2,43%)] e deformidades múltiplas no crânio [1 (2,43%)]. No exame clínico de 13 animais com malformações, as principais alterações foram artrogripose bilateral dos membros torácicos (6/13); queilosquise (2/13); micrognatia (1/13) e má oclusão dentária (1/13). Considerando que algumas dessas malformações foram reproduzidas experimentalmente em caprinos pode-se sugerir P. pyramidalis como mais uma planta teratogênica para ruminantes no Nordeste do Brasil.(AU)


The aim of this paper is to describe the epidemiological, clinical-pathological and radiological aspects of malformations in small ruminants in the semi-arid state of Bahia. Technical visits were carried out in 41 rural properties in the city of Uauá, Bahia, and in each of them, an epidemiological questionnaire was applied. In addition, when malformations were observed, the animals were evaluated alive or dead. Eight animals (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 and 8) were necropsied, and two (7 and 8) were submitted to radiographic examination. Regarding the feeding of the herd, 40 (97.56%) farmers reported the free access of their animals to the native vegetation. Regarding the presence of Mimosa tenuiflora, 5 (12.2%) said that the animals had access to the plant, 15 (36.6%) was informed they had little contact, while 21 (51.2%) reported that there was no contact with the plant, because this species were not present in a relevant number in the region. Twenty five out of 41 owners (60.98%) reported the consumption of Poincianella pyramidalis. It was also verified that in the majority of the properties there were many areas invaded by P. pyramidalis (80-90% of the vegetation). The main abnormalities reported by the interviewees on 36 properties were arthrogryposis (87.80%), agnatia [22 (53.66%)], lateral deviation of the mandible [11 (26.82%)], scoliosis [6 (14.63%)], micrognathia [6 (14.63%)], cleft palate [4 (9.75%)], skull enlarged in size [4 (9.75%)], microphthalmia [2 (4.88%)], braquignatism [1 (2.43%)], exophthalmia [1 (2.43%)] and, multiple deformities in the skull [1 (2.43%)]. In the clinical examination of 13 animals with malformations, the main alterations were bilateral arthrogryposis of the thoracic limbs (6/13); cleft lip (2/13); micrognathia (1/13) and dental malocclusion (1/13). Considering that some of these malformations were reproduced experimentally in goats, it is possible to suggest P. pyramidalis as another teratogenic plant for ruminants in Northeast Brazil.(AU)


Subject(s)
Animals , Congenital Abnormalities/etiology , Goats/abnormalities , Sheep/abnormalities , Teratogenesis , Fabaceae/toxicity
9.
Pesqui. vet. bras ; 37(11): 1241-1246, Nov. 2017. tab, ilus
Article in English | LILACS, VETINDEX | ID: biblio-895371

ABSTRACT

The processing of Manihot esculenta (cassava) tubers yield different by-products, including cassava wastewater, which is the liquid pressed out of the tuber after it has been mechanically crushed. Cyanide poisoning after ingestion of cassava wastewater has been reported in ruminants and pigs in Northeastern Brazil. With the aim of studying its toxicity, cassava wastewater was administered orally to six sheep at doses of 0.99, 0.75, 0.70, 0.63, and 0.5 mg of hydrocyanic acid kg-1 body weight, which corresponded to 14.2, 10.6, 9.8, 8.89, and 7.1 mL of wastewater kg-1. On the second day, the sheep received a volume of wastewater which corresponded to 0.46, 0.34, 0.31, 0.28, and 0.23 mg of HCN kg-1. A sheep used as control received 9.9 mL of water kg-1 BW. Sheep that received from 0.75 to 0.99 mg kg-1 of HCN on the first day exhibited severe clinical signs of poisoning, and the sheep that received 0.63 and 0.5 mg kg-1 exhibited mild clinical signs. All sheep were successfully treated with sodium thiosulfate. On the second day, only the sheep that received 0.46 mg kg-1 and 0.34 mg kg-1 exhibited mild clinical signs and recovered spontaneously. The concentration of HCN in the wastewater was 71.69±2.19 μg mL-1 immediately after production, 30.56±2.45 μg mL-1 after 24 hours, and 24.25±1.28 μg mL-1 after 48 hours. The picric acid paper test was strongly positive 5 minutes after production; moderately positive 24 hours after production, and negative 48 hours after production. We conclude that cassava wastewater is highly toxic to sheep if ingested immediately after production, but rapidly loses toxicity in 24-48 hours.(AU)


O processamento dos tubérculos de Manihot esculenta (mandioca) produzem diferentes subprodutos, incluindo a manipueira, líquido que escorre das raízes da mandioca depois de ter sido mecanicamente prensada. A intoxicação por cianeto após a ingestão de manipueira tem sido relatada em ruminantes e suínos no Nordeste do Brasil. Com o objetivo de estudar sua toxicidade, administrou-se manipueira por via oral a seis ovelhas em doses de 0,99, 0,75, 0,70, 0,63 e 0,5 mg de peso corporal de ácido cianídrico kg-1, correspondendo a 14,2, 10,6, 9,8, 8,89 e 7,1 mL de manipueira kg-1 de peso corporal. No segundo dia, as ovelhas receberam um volume de manipueira que correspondeu a 0,46, 0,34, 0,31, 0,28 e 0,23 mg de HCN kg-1. Uma ovelha usada como controle recebeu 9,9 mL de água kg-1 de peso corporal. Ovelhas que receberam doses de 0,75 a 0,99 mg kg-1 de HCN no primeiro dia exibiram sinais clínicos graves de intoxicação e as ovelhas que receberam 0,63 e 0,5 mg kg-1 exibiram sinais clínicos leves. Todas as ovelhas foram tratadas com sucesso com tiossulfato de sódio. No segundo dia, apenas as ovelhas que receberam 0,46 mg kg-1 e 0,34 mg kg-1 apresentaram sinais clínicos leves e se recuperaram espontaneamente. A concentração de HCN na manipueira foi de 71,69 ± 2,19 μg mL-1 imediatamente após a produção, 30,56 ± 2,45 μg mL-1 após 24 horas e 24,25 ± 1,28 μg mL-1 após 48 horas. O teste de papel picrosódico foi fortemente positivo 5 minutos após a produção; moderadamente positivo 24 horas após a produção e negativo 48 horas após a produção. Concluímos que a manipueira é altamente tóxica para ovinos se ingeridas imediatamente após a produção, mas rapidamente perdem toxicidade em 24-48 horas.(AU)


Subject(s)
Animals , Manihot/toxicity , Sheep, Domestic , Foodborne Diseases/veterinary , Hydrogen Cyanide/toxicity
10.
Pesqui. vet. bras ; 33(6): 719-723, June 2013. tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-680785

ABSTRACT

A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. O presente estudo teve como objetivo testar a eficiência e durabilidade da aversão alimentar condicionada em caprinos para evitar o consumo de Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Foram utilizados 14 caprinos jovens da raça Moxotó, que foram adaptados ao consumo da planta. Inicialmente foi administrada I. carnea subsp. fistulosa dessecada e triturada misturada à ração concentrada por 30 dias e, posteriormente, foi fornecida a planta verde por mais 10 dias. Para constatação da adaptação ao consumo da planta os caprinos foram colocados a pastar em um piquete de 510 m² onde tinha sido plantada I. carnea subsp. fistulosa em uma área de 30m² (10 plantas/m²). No 42º dia de experimento, após a constatação do consumo espontâneo os animais receberam a planta verde individualmente na baia por alguns minutos, e todos os animais que consumiam qualquer quantidade da planta foram tratados com uma solução de LiCl na dose 175mg por kg de peso vivo. Este procedimento repetiu-se por mais dois dias. Posteriormente, os caprinos foram divididos em dois grupos: Grupo 1 com seis animais, quatro deles avertidos e dois não avertidos (facilitadores); e o Grupo 2, com oito caprinos, todos avertidos. Para constatar a eficiência e duração da aversão e a influência de animais facilitadores na durabilidade da aversão, os caprinos foram colocados a pastar, em dias alternados, três dias por semana, durante duas horas, no piquete plantado com I. carnea subsp. fistulosa. Por 12 meses os animais foram monitorados durante o pastejo, identificando-se o consumo e a preferência dos animais pelas plantas presentes no piquete. No Grupo 1 tanto os caprinos avertidos quanto os não avertidos iniciaram a ingerir a planta em 1-6 semanas e gradualmente foram aumentando a planta consumida, mas nunca a ingeriram exclusivamente. Nenhum caprino do Grupo 2 iniciou a ingestão da planta durante os 12 meses de experimento. Após esse período a área do piquete destinada ao plantio de I. carnea subsp. fistulosa foi ampliada para 80m² e os animais foram novamente introduzidos, com tempo de pastejo na área aumentado para quatro horas durante cinco dias na semana. Nesta fase todos os caprinos do Grupo 1 ingeriram a planta em grande quantidade. Os caprinos do Grupo 2 iniciaram gradualmente a ingerir a planta e a aversão se extinguiu, em todos os animais, após dois meses. A concentração de swainsonina em I. carnea subsp. fistulosa foi de 0,052±0,05% (média±SD). Conclui-se que a aversão alimentar condicionada é eficiente para evitar a ingestão de I. carnea subsp. fistulosa. No entanto, a duração da mesma depende, entre outras coisas, da quantidade de planta presente na área de pastoreio e do tempo de exposição e se extingue rapidamente por facilitação social.


Conditioned food aversion is a technique that can be used to train livestock to avoid ingestion of poisonous plants. This study tested the efficacy and durability of conditioned food aversion to eliminate goat's consumption of Ipomoea carnea subsp. fistulosa. We used 14 young Moxotó goats, which were initially adapted to the consumption of the plant by offering dried I. carnea subsp. fistulosa with their concentrate diet for 30 days, and then subsequently providing green plant for another 10 days. To confirm the spontaneous consumption of the plant, the goats were allow to graze in a paddock of 510m² where I. carnea subsp. fistulosa had been planted in an area of 30m² (10 plants/m²). On day 42, 12 goats were offered fresh green plant individually in a pen for a few minutes, and after the consumption of any amount of the plant they were treated orally with a solution of LiCl at a dose 175mg per kg of body weight. This procedure was repeated for two more consecutive days. Thereafter, the goats were divided into two groups: Group 1 with four averted and two non-averted goats; and Group 2 with eight averted goats. To verify the efficacy and duration of aversion, both groups were introduced into the paddock with I. carnea subsp. fistulosa three days a week for two hours daily. In Group 1, with two non-averted and four averted goats, all animals started to ingest the plant after 1-6 weeks of grazing. They continually increased their consumption of the plant, but never consumed the plant exclusively. None of the goats of Group 2 goats started eating the plant during the 12 months of observation. After this period the area of the paddock planted with I. carnea subsp. fistulosa was expanded to 80 m² and grazing time was increased to four hours per day for five days a week. At this stage all the goats in Group 1 ingested the plant in large quantities. The goats from Group 2 gradually started to eat the plant and aversion was extinguished in all animals after two months. Swainsonine concentration of I. carnea subsp. fistulosa was 0.052±0.05% (mean ±SD). It was concluded that conditioned food aversion was effective in reducing goat consumption of I. carnea subsp. fistulosa, but the duration of aversion depends on the time of grazing and amount of plant available. However, the aversion was quickly extinguished by social facilitation when averted animals grazed with non-averted animals.


Subject(s)
Animals , Convolvulaceae/toxicity , Poisoning/diagnosis , Poisoning/veterinary , Plants, Toxic/toxicity , Lithium Chloride/toxicity
11.
Pesqui. vet. bras ; 32(8): 707-714, ago. 2012. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-649508

ABSTRACT

A aversão alimentar condicionada é uma técnica que pode ser utilizada em animais para evitar a ingestão de plantas tóxicas. A técnica foi utilizada em uma fazenda para controlar a intoxicação por Turbina cordata e em outra para Ipomoea carnea subsp. fistulosa. Os caprinos eram presos à noite, e na manhã do dia seguinte lhes era ofertada a planta verde, recém-colhida, por dez minutos. Os caprinos que ingerissem qualquer quantidade da planta eram identificados, pesados e tratados com LiCl na dose de 175mg/kg peso vivo através de sonda esofágica. No rebanho da fazenda na que havia T. cordata a técnica foi aplicada a cada dois meses durante o período em que a planta é encontrada. Durante todo o experimento, de dezembro de 2009 a abril de 2011 não ocorreu nenhum novo caso de intoxicação no rebanho e diminuiu gradualmente o número de animais avertidos e a quantidade de planta que ingeriam os mesmos durante o processo de aversão. Na fazenda na que ocorria intoxicação por I. carnea a maioria de rebanho foi avertido em dezembro de 2010, 15-20 dias antes do início das chuvas, e os animais não ingeriram a planta espontaneamente no campo até setembro-outubro de 2011, durante o período da seca, quando havia extrema carência de forragem e iniciaram a ingerir a planta no campo. Posteriormente, apesar de três tratamentos aversivos com 21 dias de intervalo, os animais continuaram a ingerir a planta e ocorreram casos clínicos. A técnica de aversão alimentar condicionada demonstrou ser eficiente e viável para o controle da intoxicação por T. cordata. Para a intoxicação por I. carnea a técnica impediu a ingestão da planta somente durante a época de chuvas, mas não durante a seca, quando há pouca disponibilidade de forragem. A diferença nos resultados com as duas plantas é, aparentemente, resultante das condições epidemiológicas diferentes nas que ocorrem as intoxicações. T. cordata desaparece durante a maior parte do período de seca. A planta rebrota e fica verde durante o fim de seca, quando diminui a oferta de forragem, por curto espaço de tempo, permanecendo verde durante a época de chuvas. I. carnea, por crescer próximas as fontes de água, em áreas húmidas, permanece verde durante todo o período da seca, quando é maior a escassez de forragem, favorecendo desta forma a ingestão da planta pelos animais.


Conditioned food aversion is used to train livestock to avoid the ingestion of toxic plants. This technique was used to control Turbina cordata poisoning in goats in one farm, and to control Ipomoea carnea subsp. fistulosa poisoning in another farm. The goats were penned at night and the next morning the green plants were offered for 10 minutes. Goats that ingested any amount of the plant were treated through a gastric tube with 175mg of LiCl/kg body weight. In the flock in which the poisoning by T. cordata was occurring, the goats were averted every two months during the period that the plant was found in the pastures. During the experiment, from December 2009 to April 2011, new cases of poisoning were not observed, and there was a progressive decrease in the number of goats that ingested the plant and were averted. In the farm where I. carnea poisoning was occurring, most of the goats were averted in December 2010, 15-20 days before the first rains. The goats of this flock did not ingest the plant spontaneously in the field until September-October 2011, when, due to the dry season, there was a severe forage shortage, and the goats started to ingest the plant in the field. Later, despite three aversive treatments with 21 days intervals, the goats continued to ingest the plant and some animals became poisoned. In conclusion, conditioned food aversion was effective in to control intoxication by T. cordata. The technique was also effective in conditioning goats to avoid consuming I. carnea during the rainy season, but not during the dry season, with low forage availability in the field. The differences in these results seem to be due to the epidemiology of both poisonings: T. cordata is senescent and unavailable during most of the dry period, and green biomass is typically available either at the very end of the dry season, for a short period of time, and during the rainy season when there is no shortage of forage. In contrast, I. carnea grows in wet areas near water sources, and stays green during the dry period when there is a lack of other forage.


Subject(s)
Animals , Lithium Chloride/administration & dosage , Feeding Behavior , Feeding Behavior , Ipomoea/toxicity , Sheep/immunology , Convolvulaceae/toxicity , Plant Poisoning/veterinary , Swainsonine/toxicity
12.
Pesqui. vet. bras ; 31(6): 465-470, jun. 2011. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-593221

ABSTRACT

Um surto de intoxicação espontânea por Portulaca elatior foi diagnosticado no município de Aroeiras, Paraíba, na época das chuvas. Entre os meses de fevereiro e abril, em um rebanho de 316 caprinos, 16 adoeceram, sendo 15 de um lote de 16 caprinos que tinham sido introduzidos recentemente na fazenda e um animal do rebanho já existente na fazenda. Os caprinos apresentaram intensa salivação, relutância em se movimentar, tremores de lábios, marcha incoordenada, diarreia, timpanismo, dor abdominal, gemidos, desidratação e berros constantes. A evolução da enfermidade variou de 2 a 48 horas; 13 caprinos morreram e três se recuperaram. As lesões macroscópicas caracterizavam-se por mucosa ruminal e do retículo avermelhadas, serosa do rúmen hemorrágica, mucosa abomasal avermelhada com áreas ulceradas e mucosa do intestino delgado com equimoses. No exame histopatológico observou-se degeneração e necrose das células epiteliais dos pré-estômagos com formação de vesículas e infiltrado inflamatório neutrofílico. Suspeita de ter causado o surto, Portulaca elatior foi administrada a três caprinos nas doses de 40, 20 e 10 gramas de planta fresca por kg de peso animal (g/kg). Esses caprinos apresentaram sinais semelhantes aos casos espontâneos. Os animais que ingeriram 20 e 40g/kg morreram e o que ingeriu 10g/kg se recuperou. Microscopicamente foram observadas lesões do sistema digestivo semelhantes às dos casos espontâneos. A reprodução experimental da intoxicação, com sinais clínicos e lesões histológicas semelhantes às dos casos espontâneos, comprova que a doença foi causada por Portulaca elatior. P. elatior apresentou níveis de oxalatos de 6,37 por cento e outra planta, identificada como Blutaparon vermiculare e que ocorria em grande quantidade nas pastagens, apresentou níveis de oxalatos de 5,29 por cento. B. vermiculare foi administrada experimentalmente a um caprino na dose de 40g/kg, sem que o animal apresentasse sinais clínicos[...]


An outbreak of poisoning by Portulaca elatior was diagnosed in the state of Paraíba, northeastern Brazil, during the rainy season. Between February and April, 16 out of 316 goats were affected and 13 died. Fifteen of the affected animals were from a flock of 16 goats introduced on the farm at the beginning of the rainy season. Clinical signs were intense salivation, reluctance to move, lip tremors, slight uncoordinated gait, diarrhea, bloat, abdominal pain, groans, dehydration and constant bellowing. The course of the disease ranged from 2 to 48 hours; 13 goats died and three recovered. Gross lesions were reddening of the mucosa of rumen and reticulum, hemorrhages in the ruminal serosa, ulcerations of the abomasal mucosa, and ecchymoses in the small intestinal mucosa. Histological examination revealed degeneration and necrosis of epithelial cells with vesicle formation in the fore stomachs associated with infiltration by neutrophils. Suspected to have caused the outbreak, Portulaca elatior was administered experimentally to three animals at doses of 40, 20 and 10 grams of the fresh plant per kg bodyweight, respectively. The goats that ingested 20 and 40g/kg died, and the one that ingested 10g/kg showed clinical signs but recovered. These animals showed similar clinical signs and histological lesions as those seen in the goats poisoned spontaneously, demonstrating that the disease was caused by the ingestion of Portulaca elatior. Oxalate concentration were determined in P. elatior and in another plant identified as Blutaparon vermiculare. P. elatior contained 6.37 percent of total oxalates and B. vermiculare 5.29 percent. B. vermiculare was administered experimentally to one goat at a dose of 40g/kg, without causing clinical signs. These results and the absence of oxalate crystals in the digestive system and kidneys of the goats necropsied suggest that poisoning by P. elatior is not caused by high oxalate concentration in the plant.


Subject(s)
Animals , Portulaca/poisoning , Portulaca/toxicity , Ruminants
13.
Pesqui. vet. bras ; 30(5): 423-427, maio 2010. ilus
Article in English | LILACS | ID: lil-554292

ABSTRACT

Focal symmetrical encephalomalacia (FSE) is the most prominent lesion seen in the chronic form of enterotoxemia by Clostridium perfringens type D. This paper reports FSE in sheep in Brazil. Six deaths occurred within a seven days period in a flock of 70, four to 30-month-old Santa Inês sheep in the state of Paraíba in the Brazilian semiarid. The flock was grazing a paddock of irrigated sprouting Cynodon dactylon (Tifton grass), and supplemented, ad libitum, with a concentrate of soybean, corn and wheat. Nervous signs included blindness and recumbence. A 19 month-old sheep was examined clinically and necropsied after a clinical course of three days. Gross lesions were herniation of the cerebellar vermis and multifocal, bilateral, symmetric brownish areas in the internal capsule, thalamus and cerebellar peduncles. Histologic lesions were multifocal, bilateral malacia with some neutrophils, swelling of blood vessels endothelium, perivascular edema, and hemorrhages. The flock was vaccinated, before the outbreak, with only one dose of Clostridium perfringens type D vaccine. Two factors are suggested to be important for the occurrence of the disease: insufficient immunity due to the incorrect vaccination; and high nutritional levels by the supplementation with highly fermentable carbohydrates.


Encefalomalacia focal simétrica (EFS) é a lesão mais proeminente vista nas formas subaguda ou crônica da enterotoxemia por Clostridium perfringens tipo D. Este trabalho relata EFS em ovinos no semiárido do estado da Paraíba. Seis ovinos morreram, em um período de sete dias, dentro de um rebanho de 70 animais, da raça Santa Inês, entre 4-30 meses de idade, que pastavam em piquete de Cynodon dactylon (capim Tifton), que estava rebrotando. Os ovinos eram suplementados com um concentrado de soja, trigo e milho. Os sinais nervosos incluíam cegueira e decúbito lateral. Um ovino de 19 meses de idade foi examinado clinicamente e necropsiado, depois de um curso clínico de 3 dias. Macroscopicamente foram observadas herniação do cerebelo e áreas acastanhadas, multifocais, simétricas e bilaterais na cápsula interna, tálamo e pedúnculo cerebelar. Histologicamente observou-se malacia, bilateral e simétrica, com alguns neutrófilos, tumefação das células endoteliais dos vasos sanguíneos, edema perivascular e hemorragia. O rebanho foi vacinado, antes do surto, com umaúnica dose de vacina para Clostridium perfringens tipo D. Dois fatores são sugestivos quanto a importância da ocorrência da enfermidade: imunidade insuficiente devida à vacinação incorreta; e altos níveis nutricionais da suplementação com carboidratos altamente fermentáveis.


Subject(s)
Animals , Clostridium perfringens/pathogenicity , Sheep Diseases/pathology , Encephalomalacia/veterinary , Enterotoxemia/complications , 60379/toxicity , Sheep/microbiology
14.
Pesqui. vet. bras ; 29(7): 589-597, July 2009. ilus
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-526802

ABSTRACT

As doenças do sistema nervoso central (SNC) de equídeos representam uma parcela importante das enfermidades diagnosticadas nestas espécies. O estudo destas e de outras enfermidades nas diferentes regiões do país é necessária para estabelecer formas eficientes de controle e profilaxia. O presente trabalho teve como objetivo descrever as características clínicas, epidemiológicas e patológicas das doenças do SNC de equídeos diagnosticadas no Laboratório de Patologia da Universidade Federal de Campina Grande, em Patos, Paraíba, que ocorreram entre janeiro de 2007 e dezembro de 2008. No período estudado, 159 casos ou surtos de doenças de equídeos foram diagnosticados. Destes, 49 (30,8 por cento) afetaram o SNC. A encefalopatia hepática na intoxicação por Crotalaria retusa foi a principal enfermidade com 14 casos (28,5 por cento), seguida por tétano com 13 (26,5 por cento) casos e raiva com 11 (22,,4 por cento) casos. Sete (14,2 por cento) casos foram de traumatismos afetando o SNC. Foram, também, diagnosticados 1 caso de leucoencefalomalacia, 1 de encefalite por herpesvírus eqüino-1, 1 de injeção acidental na artéria carótida, 1 surto de encefalomielite viral equina tipo leste, 1 surto de intoxicação por Turbina cordata e 1 surto de doença tremogênica de causa desconhecida. Cinco casos tiveram diagnóstico inconclusivo. Este trabalho comprova a importância do funcionamento de laboratórios de diagnóstico, nas diferentes regiões do país, para o conhecimento das doenças do rebanho e para a vigilância epidemiológica das mesmas.


Diseases of the central nervous system (CNS) in equidae are important in these species, and their knowledge in the different Brazilian regions is necessary to determine efficient control and preventive measures. This paper reports epidemiologic aspects, clinical signs and pathology of diseases of the CNS in equidae diagnosed by the Veterinary Pathology Laboratory at the Federal University of Campina Grande in the city of Patos, state of Paraíba, northeastern Brazil, during 2002-2008. During the period, 159 cases or outbreaks of those diseases were studied, 49 (30.8 percent) affecting the CNS. Hepatic encephalopathy caused by Crotalaria retusa poisoning, with 14 cases (28.5 percent), was the main disease observed. Tetanus was diagnosed in 13 (26.5 percent) cases and rabies in 11 (22.4 percent). In seven (14.2 percent) cases the death or euthanasia was due to traumatic lesions of the CNS. Also were diagnosed 1 case of leucoencephalomalacia, 1 case of encephalitis by equine herpesvirus-1, 1 case of intracarotid artery injection, 1 outbreak of Eastern equine encephalitis, 1 of Turbina cordata poisoning, and 1 of a tremogenic disease of unknown cause. In 5 cases the diagnosis was inconclusive. This paper indicates the importance of diagnostic veterinary laboratories, in the different Brazilian regions, for the knowledge of livestock diseases.


Subject(s)
Animals , Horse Diseases/diagnosis , Horse Diseases/epidemiology , Horse Diseases/etiology , Horse Diseases/prevention & control , Equidae , Central Nervous System/physiopathology , Diagnostic Techniques, Neurological/veterinary , Brazil/epidemiology , Horses , Retrospective Studies
15.
Pesqui. vet. bras ; 28(1): 36-42, jan. 2008. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-479854

ABSTRACT

Cnidoscolus phyllacanthus (Euphorbiaceae), com nome popular de favela, é uma planta normalmente espinhosa comum na caatinga. É considerada como forrageira e os animais, principalmente durante a seca, consomem as folhas que estão ao seu alcance ou as folhas secas caídas. A intoxicação espontânea por esta planta é relatada por fazendeiros no semi-árido quando animais têm acesso a plantas ou ramos recentemente cortados. Diferentes partes da planta moídas e secas, diluídas em água, são utilizadas por caçadores para matar pássaros. Para determinar a toxicidade de C. phyllacanthus, folhas verdes de plantas sem espinhos foram administradas a uma cabra em pequenas quantidades por via oral. Após o consumo de 4,7g por kg de peso do animal (g/kg) a cabra apresentou taquicardia, taquipneia, dispnéia, nistagmo, opistótono e decúbito esterno abdominal seguido de decúbito lateral. A morte ocorreu 30 minutos após o começo dos sinais. Folhas frescas de plantas sem espinho foram administradas a 8 caprinos em doses de 0,5-2,5g/kg sem que causassem sinais clínicos. Três animais apresentaram sinais clínicos após a ingestão de 3g/kg. Os sinais clínicos foram similares aos observados na intoxicação por ácido cianídrico e dois animais tratados com uma solução de tiossulfato de sódio a 20 por cento, na dose de 0,5ml/kg se recuperaram rapidamente em seguida ao tratamento. O terceiro recuperou-se espontaneamente. Folhas das mesmas plantas foram secadas ao sol durante períodos varáveis de 8-30 dias. O caprino que ingeriu a planta que tinha sido secada por 8 dias morreu após a ingestão de 3g/kg. O caprino que ingeriu a planta secada por 9 dias apresentou sinais clínicos após a ingestão de 1,13g/kg e se recuperou. Os caprinos que ingeriram a planta exposta ao sol por 10-29 dias apresentaram sinais clínicos após a ingestão de 3g/kg e se recuperaram espontaneamente ou mediante tratamento com tiossulfato de sódio. O caprino que ingeriu a planta que tinha sido exposta...


Cnidoscolus phyllacanthus (Euphorbiaceae), with the common name favela, is a generally spiny plant of the Brazilian semiarid. Mainly during the dry season livestock browse its leaves from the shrubs or ingest the dry leaves fallen to the ground. Farmers report the spontaneous poisoning by this plant when livestock has access to shrubs or branches that had been cut. Different parts of the ground fresh plant, diluted in water, are used by people in the semiarid to hunt birds. To determine the toxicity of C. phyllacanthus, leaves of the non-spiny plant were fed by hand to a goat by putting small amount into its mouth. After the consumption of 4.7g/kg body weight, the goat had tachycardia, tachypnoea, dyspnoea, nystagmus, opisthotonos and sternal recumbence. The death occurred 30 minutes after the onset of clinical signs. Fresh leaves from the same plants were given to 8 goats at doses of 0.5-2.5g/kg without causing clinical signs. Three goats showed clinical signs after the ingestion of 3g/kg. Clinical signs were similar to those observed in cyanide poisoning. Two goats given 0.5mg/kg of a 20 percent solution of sodium thiosulphate recovered immediately after treatment. Another goat recovered spontaneously. Leaves from the same plants were sun-dried during variable periods for 8-30 days, and then given to 8 goats. The goat that ingested the plant dried at the sun during 8 days died after the ingestion of 3 g/kg. The goat that ingested the plant, exposed to the sun for 9 days, showed clinical signs after the ingestion of 1.13g/kg, but recovered spontaneously. The goats that ingested the leaves exposed to the sun during 10-29 days showed clinical signs after the ingestion of 3g/kg, but recovered spontaneously or after treatment with sodium thiosulphate. No clinical signs were observed in the goat that ingested the plant that had been exposed to the sun during 30 days. In another experiment ground leaves of the plant were dried at the sun for...


Subject(s)
Animals , Euphorbiaceae/adverse effects , Euphorbiaceae/toxicity , Goats , Mortality , Thiosulfates/administration & dosage
16.
Pesqui. vet. bras ; 27(1): 23-28, jan. 2007. ilus, tab
Article in Portuguese | LILACS | ID: lil-443325

ABSTRACT

Fotossensibilização é freqüente em eqüinos no semi-árido da região Nordeste, mas jumentos, mulas, ovinos e bovinos são, também, afetados. A dermatite afeta, principalmente, áreas de pele despigmentadas e os animais se recuperam após serem retirados das pastagens. Para comprovar a etiologia da enfermidade Froelichia humboldtiana (Roem. et Schult.) Seub., coletada no campo foi administrada no mesmo dia da colheita ou após ser mantida em refrigerador por 1-4 dias, por períodos de 30 ou mais dias, ad libitum como único alimento, a 2 jumentos e um ovino branco e, como único alimento volumoso, a um eqüino branco. Esses animais não manifestaram sinais clínicos e as atividades séricas de gama-glutamiltransferase (GGT), aspartato-aminotransferase (AST) e alanino-aminotransferase (ALT) ficaram dentro dos valores normais. Em outro experimento, um ovino foi colocado a pastar diariamente, durante o dia, preso por uma corda em uma área que tinha exclusivamente F. humboldtiana, por um período de 26 dias. Lesões características de fotossensibilização foram observadas 4-5 dias após o início do experimento. Após cessar o consumo da planta, no 26º dia, o ovino recuperou-se totalmente em 30 dias. Em outro experimento, 4 ovinos foram também colocados, presos por cordas, na mesma área. Outros 4 permaneceram como controles em uma pastagem vizinha, mas sem F. humboldtiana. Lesões de pele, características de fotossensibilização foram observadas após 11-25 dias de consumo de F. humboldtiana. As atividades séricas de AST e GGT, e os níveis de bilirrubina sérica permaneceram dentro dos valores normais. No final do período de permanência em pastagens de F. humboldtiana, 2 ovinos foram abatidos e 2 foram retirados da pastagem. Os que foram abatidos não apresentaram lesões macroscópicas nem histológicas do fígado; os outros dois se recuperaram das lesões da pele 17 e 20 dias após o fim do pastejo. Uma égua e seu potro foram colocados na mesma pastagem com F. humboldtiana...


Photosensitization is common in the Brazilian semiarid, affecting mainly horses, but also donkeys, mules, sheep and cattle. The dermatitis affects mainly non pigmented skin, and the animals recover after being withdrawn from the pastures. To demonstrate the etiology of the disease, Froelichia humboldtiana (Roem. et Schult.) Seub., collected in the field one or two times a week and kept in the refrigerator for 1-4 days, was administered for 30 or more days as the only food ad libitum to 2 donkeys and one white sheep, and as the only forage ad libitum, to one white horse. No clinical signs were observed in those animals, and serum activities of aspartate-aminotransferase (AST), alanine-aminotransferase (AST), and gamma-glutamyltransferase (GGT) were within normal ranges. In another experiment, one sheep was tied by a rope, during the day, in a pasture of exclusively F. humboldtiana for a 26 days period. Skin lesions characteristic of photosensitization appeared 4-5 days after the start of the experiment and became severe until day 26. After the withdrawal of the animal from the pasture on day 26 it fully recovered within 30 days. In another experiment, 4 sheep were tied by ropes in the same pasture, during the day, for a 29 days period. Another 4 control sheep were maintained in a neighboring pasture without F. humboldtiana. Skin lesions characteristic of photosensitization were observed after 11-25 days of F. humboldtiana grazing. Serum activities of AST and GGT, and serum levels of bilirubin were within normal ranges. At the end of the 29 days grazing F. humboldtiana, 2 sheep were euthanized, and 2 were withdrawn from the pastures. No gross or histologic liver lesions were observed on the 2 sheep euthanized; the other 2 sheep recovered within 17 and 20 days after the end of grazing. One mare and its foal grazed in the same pasture during 44 days. The mare that had a pigmented skin had no dermatitis, but the foal showed dermatitis on the...


Subject(s)
Animals , Amaranthaceae/adverse effects , Amaranthaceae/toxicity , Dermatitis, Photoallergic/diagnosis , Dermatitis, Photoallergic/epidemiology , Horses , Ruminants , Photosensitivity Disorders/complications , Photosensitivity Disorders/diagnosis , Photosensitivity Disorders/epidemiology
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